Etnocídio ou genocídio? O drama dos internatos indígenas e a política indigenista do Canadá (1880-1976)
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Resumo
Em maio de 2021, a descoberta de um cemitério clandestino, com centenas de sepulturas sem identificação, no terreno de um antigo internato indiano na Colúmbia Britânica, chocou a opinião pública canadense. Algumas páginas negras da história do país tiveram que ser reexaminadas: entre 1880 e 1996, cerca de 150.000 crianças indígenas foram retiradas de suas famílias e comunidades e colocadas em internatos sob a autoridade da Igreja Católica (70%) ou Igrejas Protestantes (30) . %). O objetivo explícito era apagar todos os traços de suas línguas e culturas para que fossem assimilados na cultura canadense. Esta política teve resultados desastrosos tanto a nível psicossocial como físico. Milhares morreram de má nutrição e falta de cuidados médicos adequados. Além disso, um grande número foi vítima de padres pedófilos. O silêncio sobre esse drama foi quebrado pela Comissão Real de Povos Indígenas (CRPA), cujas audiências duraram de 1991 a 1996. O governo federal canadense foi condenado pelos tribunais a pagar uma indenização significativa, que nunca compensará os danos causados a gerações de crianças e povos indígenas do Canadá. Esses danos se enquadram na definição de genocídio adotada pela ONU.
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